Como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) resistiu ao desmonte de politicas públlicas no governo Bolsonaro? É o que buscou investigar a pesquisadora Marina de Andrade, vinculada ao GDPP. O artigo “Desmonte e Resiliência de Políticas Públicas : proposta de um quadro analítico a partir do caso da política de segurança alimentar e nutricional”, publicado na revista Brazilian Political Science Review (BPSR), aponta que a resistência do Pnae pode ser explicada pela gestão compartilhada entre União, estados e os municípios.

Além do Pnae, o estudo também utilizou métodos qualitativos para identificar os atos de desmonte dos Programas de Cisternas e de Aquisição de Alimentos, criados a partir de 2003 durante o primeiro governo Lula. A capacidade de resiliência do Pnae intrigou os cientistas: “A sociedade civil entendeu isso porque criou um observatório para acompanhar a alimentação escolar e conseguiu aprovar medidas consideradas progressistas, que ressaltam o direito humano à alimentação adequada, mesmo indo diretamente contra os interesses de quem apoiava o governo Bolsonaro”, afirmou Andrade à Agência Bori.

Confira a repercussão do estudo, no site da Bori.